2007/01/14

O Aborto, em 2007

Tendo em vista a eficácia na defesa do NÃO no referendo, o essencial é sublinhar os pontos que geram maiores consensos e que justificam a recusa da liberalização do aborto até às 10 semanas. Eu não recorreria aos "direitos naturais" da nova vida nem à sua qualidade de "pessoa", pois são assuntos controversos para os quais não há grande argumentação possível: ou se acha que sim ou se acha que não, e acabou.

Prefiro insistir noutros aspectos:
  1. é inquestionável que se trata de vida humana (repito, não estou a presumir que se trata de uma "pessoa");

  2. essa vida tem algum valor, mesmo que o peso desse valor não seja consensual;

  3. o que se pretende com a nova lei é abolir toda e qualquer protecção do Estado a essa vida;

  4. o que se pretende com a nova lei é dar à mulher, com carácter de exclusividade, o poder de decidir terminar essa vida.

Estes argumentos "minimalistas" permitem o consenso máximo e bastam para decidir pelo NÃO.